segunda-feira, 20 de julho de 2009

NA ESTRADA DA VIDA

Sei que em minha caminhada, ainda haverei de ter uma direção e de chegar a um destino.
Devo medir meus passos, prestar atenção no que faço e no que os outros fazem por mim e também naqueles que passam ou pelos quais passo eu.
Que eu não me iluda com o ânimo e o vigor dos primeiros trechos.
Chegará horas em que meus pés não terão força, se ferirão no caminho e se cansarão mais cedo.
Todavia, quando cansaço chegar, que eu não me desespere e que ainda tenha forças para continuar.
É oportuno que, em meus sorrisos, eu me lembre de que existem os que choram, meu riso não ofenda a mágoa dos que sofrem, pois quando chegar a minha vez de chorar, eu não me deixe ser dominado pelo desespero, mas, que eu entenda que o sentido do sofrimento nivela, iguala e nos torna semelhantes.
Que eu não siga desvios, e que ninguém se desvie seguindo os meus passos.
Que a pressa do chegar não me afaste da alegria de ver as simples flores que permeiam a estrada.
Que eu não perturbe a caminhada de ninguém.
Que eu entenda que devo prosseguir, mas se necessário, ter a bravura de voltar atrás e recomeçar, tomar outra direção.
Que eu não caminhe sem rumo.
Que eu não me perda nas encruzilhadas.
Que eu não tema os que me roubam.
Que eu vá onde devo ir, e se no meio da estrada eu tropeçar e cair, que fique a lembrança de minha queda para impedir que outros caiam.
Que eu chegue, sim, mas, que eu faça chegar antes quem me perguntarem, quem me pedirem conselhos, e acima de tudo confiando em mim, me seguirem.

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