quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Senhor.



Oxalá, Senhor, que ouças a minha voz. Aqui estou. Sem grandes palavras para dizer. Sem grandes obras para oferecer. Sem grandes gestos para fazer. Sozinho aqui. Sozinho. Contigo. Receberei aqui que me queiras dar: luz ou sombra. Sorte ou adversidade. Alegria ou tristeza. Calma ou dificuldade. E receberei sereno, com um coração sossegado, porque sei que tu, meu Deus, também és um Deus pobre. Um Deus que não exige, mas que convida. Que não força, mas que espera. Que não obriga, mas que ama. E eu mesmo farei no meu mundo, com os meus amigos, com a minha vida: aceitar o que vier como um presente. Eliminar do meu dicionário a exigência. Perguntar aos outros: “O que precisas?” “Que posso fazer por ti?” E dizer poucas vezes “quero” ou “dá-me”. E assim avanço, Deus: Aqui,sem mais nada, sozinho em silêncio. Contigo, meu Deus pobre.

Um comentário:

Unknown disse...

Poemas que só pederiam vir de um coração que ama...